Trilha subida Vulcão Puyehue

Caminhe pela cratera de um vulcão ativo com vistas incríveis da cordilheira dos Andes. Um desafio exigente caminhar pelo Bosque Valdiviano e pernoitar num abrigo imerso no bosque.

Dificuldade Física: Alta
Dificuldade Técnica: Baixa (alta no inverno)
Datas: todo o ano
Percurso (ida e volta): 24 km. aprox. (total)
Diferença de elevação: + 1.900 m.
Duração: 2 dias
Tipo: Saída Privada
Saída: De Bariloche ou Villa La Angostura
Pontos de interesse: Refúgio, Cume e Cratera "El Caulle", Mirante Cerro Tronador, Marco Internacional.
Opcional: Se quiser experimentar um pouco mais, recomendo passar uma noite adicional no Chile e combiná-la com outra caminhada pela região.

Para chegar ao início da trilha teremos que cruzar a serra em direção ao Chile e completar o processo em Migraciones Argentina. O atraso varia, no verão evite finais de semana pois costuma haver muito trânsito para o país vizinho.

Partiremos de Bariloche rumo ao Paso Internacional Cardenal Samoré, onde faremos os trâmites migratórios e continuaremos pela estrada internacional. Atravessaremos o Rio Pantojo, que nasce no Pitón Pantojo e corre pelas Cacocheiras Dora e Santa Ana, e poucos quilômetros depois entraremos no belo Parque Nacional chileno chamado Puyehue.

Puyehue vem do mapuche "puye hue", que significa "lugar de puyes (peixes)". É um vulcão ativo do tipo estratovulcão e cone colapsado, com 2240 m de altura, localizado na Cordilheira dos Andes, na Região de Los Ríos, Chile, a poucos quilômetros do nosso Parque Nacional Nahuel Huapi.

A trilha começa no fundo El Caulle, dentro da selva valdiviana, com entrada para a floresta andino-patagônica, que se torna mais densa à medida que subimos. A 1.400 m está o refúgio onde passaremos a noite e aproveitaremos para descansar e preparar a mochila para o dia seguinte.

O segundo dia começa de madrugada com os primeiros raios de sol e a mochila mais leve. A primeira parte da trilha é em meio a pastagens de altitude e, na parte final, o ambiente se torna de alta montanha com trechos rochosos e neve (dependendo da época em que subirmos).

De forma truncada e com uma cratera de mais de 2 quilômetros de diâmetro no topo, o Puyehue oferece uma das experiências vulcânicas mais completas e acessíveis da região.

A chegada ao cume é indescritível, uma vista de 360° do interior da cratera vulcânica e de toda a Cordilheira. Depois de aproveitar o local, começamos a descida até o refúgio e, de lá, até o início da trilha. Do fundo, ainda temos que voltar à fronteira e entrar na Argentina para nos dirigirmos a Bariloche.

Em suas encostas, é comum observar fumarolas de vapor, gêiseres, fluxos de lava de diversas cores e as marcas da recente erupção de 2011, cujas cinzas cobriram Villa La Angostura (como podemos ver se caminharmos pelo Refúgio Dormilón ou pelas cascatas Dora e Santa Ana).

Do topo, a vista predominante é para a cratera principal, o lago Puyehue, o Ranco, o vulcão Casa Blanca e o Cerro Pantojo, na fronteira com a Argentina. Sem dúvida, uma das melhores experiências de montanhismo clássico do sul do Chile.

Uma experiência incrível que devemos conhecer se amamos as montanhas. Terminada esta subida, você pode combiná-la com outra no Chile ou aproveitar para relaxar no Complexo Termal da região.

Você vai vir caminhar por uma cratera vulcânica?

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